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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Linha do tempo da grecia

Linha do tempo da Grécia
Homérico 1150/700 a.C.
Arcaico 700/500 a.C.
Clássico 500/338 a.C.
Helenístico 338 a.C./ 146 d.C.

Homérico - entre 1.150 e 700 a.C

 
- conclusão do processo de ruralização das comunidades gentílicas. Nos genos havia a coletivização da produção e dos bens. No final deste período, com o crescimento populacional, ocorreu a desintegração dos genos. 
                                 
Arcaico - entre 700 e 500 a.C





- surgimento das pólis (cidades-estados) com a formação de uma elite social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste período ocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização. Surge o alfabeto fonético grego e significativo desenvolvimento literário e artístico.

Clássico - entre 500 e 338 a.C

- época de grande desenvolvimento econômico, cultural, social e político da Grécia Antiga. Época de grande fortalecimento das cidades-estados gregas como, por exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi também uma época marcada por conflitos externos como, por exemplo, as Guerras Médicas (entre gregos e persas no século V). Ocorreu também, neste período, a Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta). 

Helenístico - entre 338 a.C. e 146 d.C

- fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e a conquista macedônica na região. A cultura grega espalha-se pela região, fundindo-se com outras (helenismo).
 
Perguntas :
 
1- O que achou da nossa explicação?
 
2- Ficou com alguma dúvida?
 
3- Quais foram os acontecimentos mais marcantes de cada época?
 

 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Escravidão no mundo greco-romano

A escravidão no mundo greco-romano
 
    Nosso material didático se propõe a nos revelar uma viagem histórica.
Ela se inicia partindo do trabalho escravo e da arte na Antiguidade greco-romana.
   Com base nos estudos dessa época, poderemos conhecer um pouco sobre aquelas sociedades; como se manifestavam do ponto de vista artístico. Além disso, também veremos como era o trabalho escravo: quem eram esses escravos; qual a importância dessa forma de trabalho para a constituição política e cultural dessas sociedades; quais as diferenças entre a escravidão grega, a romana e a da América colonial; por que o trabalho manual era desprezado naquelas sociedades da Antiguidade e qual a relação com a atual concepção de trabalho.
   O trabalho escravo na Antiguidade greco-romana foi principalmente ou exclusivamente retratado e registrado por meio das expressões artísticas dessas épocas, tais como pintura, literatura, poesia e teatro. Ou seja, a arte na Antiguidade pode ser tomada como fonte histórica, para assim podermos entender o trabalho e a vida dos escravos e também como estes eram vistos sob a ótica sociocultural de sua época. No entanto, um fato curioso é que os escravos no cultura greco-romana podiam aprender a ler e escrever, e se tornar até mesmo preceptores de crianças e jovens e até serem artistas.


   Focando na sociedade grega, seu auge ocorreu entre os séculos V e IV a.C. que ficou conhecido como Período Clássico, a democracia foi estabelecida como regime político. Esse foi um período de grande desempenho econômico, político e cultural grego, o qual foi resultado da expansão colonial pelo Mediterrâneo.
   Já na cultura romana, o auge ocorreu entre os séculos II a.C. e II d.C., um período que se estendeu entre a república e o início do Império Romano, o qual é resultado também da grande expansão colonial romana pelo Mediterrâneo, Europa, norte da África e Oriente Médio.
  Mesmo o auge da cultura grega e romana terem ocorrido em momentos diferentes da história, foram resultantes da expansão colonial e imperialista de cada uma das civilizações sobre outros povos e culturas. Essas expansões coloniais tornaram a cultura grega e a romana cosmopolitas e mercadamente urbanas, o que possibilitou o aumento do escravismo e o reforço do poder político das oligarquias. Isso ilustra a fortíssima importância do trabalho escravocrata no mundo grego e romano.

   Nas sociedades da antiguidade clássica, todo tipo de trabalho rural, urbano e doméstico era realizado em longa escala pelos escravos, os quais eram provenientes das guerras, anexações territoriais e dívida.

   Nesse contexto, os gregos e romanos tinham uma grande aversão ao trabalho, pois o consideravam como uma atividade destinada à seres inferiores, como estrangeiros, prisioneiros e endividados.
   O trabalho escravo foi abolido do Brasil pela Lei Áurea, e também em grande parte do mundo pelos direitos humanos. Porém, lamentavelmente, não saiu do papel, pois as pessoas foram “enganadas pelos patrões, contraindo dívidas impagáveis e vivendo em péssimas, os escravos de hoje continuam espalhados pelo Brasil”.
   É mais assustador saber que essa situação está mais próxima do que imaginamos, como: ‘Em 2009, o Rio de Janeiro inaugurou sua presença na lista dos campeões em trabalho escravo. Em apenas cinco operações de fiscalização, o rio teve 521 trabalhadores libertos’. Esses são submetidos a pressão física ou psicológica, sob pretexto de dívida, comprometendo a liberdade de ir e vir. O assunto é duro, difícil de ser medido, por ser ilegal, e de ser descrito, por ser tão desumano.    

Perguntas:
O trabalho escravo na antiguidade foi retratado e registrado por meio de que?
Tanto o auge da cultura grega e romana foi resultante de que?
Como os gregos e os romanos consideravam o trabalho rural e urbano?


Arte e Filosofia greco-romana

A Arte Grega

Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam até os dias de hoje, pela beleza e perfeição.

Os artistas gregos buscavam representar através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos.




Arquitetura Grega

Um dos templos gregos mais conhecidos é a Acrópole de Atenas, que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico.

A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos:
1 – Coríntio -  pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas.

2 – Dórico - estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza.


3 – Jônico - este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalmente nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular.







A pintura grega também foi muito importante nas artes da Grécia Antiga. Os pintores gregos representavam cenas cotidianas, batalhas, religião, mitologias e outros aspectos da cultura grega. Os vasos, geralmente de cor preta, eram muito utilizados neste tipo de representação artística. Estes artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios.




Escultura Grega

As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas.



Influência na arte romana

Quando dominaram a Grécia, os romanos ficaram tão admirados com a arte grega que buscaram "imitar" o estilo artístico grego. Basta observarmos os detalhes das esculturas e obras arquitetônicas romanas para percebermos as semelhanças.
Arquitetura romana
Durante a época do auge do Império Romano, houve a construção de diversos monumentos públicos em homenagem aos imperadores romanos. Na arquitetura, destacam-se a construção de portais, aquedutos, prédios, monumentos e templos.

Pintura romana 

A pintura mural (afrescos) recorreu ao efeito da tridimensionalidade. Os afrescos da cidade de Pompéia (soterrada pelo vulcão Vesúvio em I A.C.) são representativos deste período. Cenas do cotidiano, figuras mitológicas e religiosas e conquistas militares foram temas das pinturas romanas.
Os gêneros artísticos mais comuns na pintura romana eram: paisagens, retratos, arquiteturas, pinturas populares e pinturas triunfais.
Os pintores romanos usavam como materiais de trabalho tintas produzidas a partir de materiais da natureza como, por exemplo, metais em pó, vidros pulverizados, substâncias extraídas de moluscos, pó de madeira e seivas de árvores.

  Afresco romano que representa a cidade portuária de Estábias, destruída com Herculano e Pompéia, por uma erupção do Vesúvio no ano 79. ( Museu Nacional, Nápoles .)


A Filosofia Grega

A filosofia grega pode ser dividida em três etapas: período pré-socrático, socrático e helenístico.
No período pré-socrático, a Filosofia foi empregada para elucidar a procedência do mundo e das coisas a sua volta, foi representado pela physis (natureza) que procurava compreender através da razão a origem e as mudanças que acometeram a natureza e o ser humano ao longo do tempo; destacou-se nesta fase o filósofo Tales de Mileto.
Já o período socrático apontou para uma modificação a respeito do elemento de pesquisa da filosofia, que sai da metafísica e caminha em direção ao homem em si.
Este período destacou-se pelo surgimento da democracia que concedeu o direito de paridade a todas as pessoas que vivessem nas polis - hoje cidades – concedendo-lhes inclusive a faculdade legal de tomar parte no governo e se necessário sugerir alguma mudança na educação grega já que as pessoas tinham precisão de saber falar e persuadir as demais.
O período helenístico surgiu após o declínio político das polis e o surgimento de um conjunto de disciplinas que, além de trabalhar com a natureza e o estudo das leis do raciocínio, procuravam também dar ênfase a felicidade e a ensinar as pessoas a encontrarem a maneira correta de direcionarem a própria vida.
Nestes períodos ocorreram vários atos por parte de alguns filósofos que mereceram grande destaque, tais como: a criação da filosofia humanista por Sócrates, a fundação da Academia de Atenas por Platão e a doutrinação da lógica e de muitos outros conhecimentos como a metafísica, a moral e a política por Aristóteles.

Filosofia Romana

Na filosofia, os romanos não produziram nenhuma corrente de pensamento original. Sua principal orientação voltou-se para a moral, com a adoção de valores éticos gregos e da filosofia helenística. Enquanto o povo romano se apegava aos mistérios da religião e à adoção de deuses estrangeiros, os homens cultos inclinaram-se para a filosofia.
Dentre os principais filósofos destacam-se:






- Sêneca (4 a 65 d.C) - natural de Córdoba, na Espanha, escreveu Cartas a Lucílio e traduziu Medéia. Foi professor de Nero que exigiu, posteriormente, que se suicidasse.




                                                                                                                                                                                                                                              





- Epiteto - era escravo liberto e suas ideias foram depois condensadas no Manual de Epiteto.












- Marco Aurélio - o grande imperador romano, que viveu e governou entre 161 e 180 D.C., escreveu Pensamentos, destacando-se assim no campo da filosofia.






Perguntas:

1- ) O que entenderam sobre a arte e filosofia greco-romana ?
2- ) Qual a importância da filosofia greco-romana para época ?
3- ) Qual a relação da arte com a filosofia ? Como isso era retratado ?

Deixem seus comentários... A opinião de cada um é muito importante para podermos aprender e melhorar a interatividade com vocês leitores. Obrigado desde já !

Os Estrangeiros na Grecia antiga

Os estrangeiros (metecos)


Os metecos eram homens livres, gregos e não gregos, findo um determinado prazo de estadia (talvez um mês) o estrangeiro de passagem em Atenas devia obrigatoriamente inscrever-se como estrangeiro, senão era passível de ser vendido como escravo estavam  submetidos a diversas obrigações: tinham de pagar ometoikion (imposto sobre os estrangeiros), [outro] imposto para terem o direito de exercer o comércio da ágora tinha igualmente a obrigação de arranjar um patrono, cidadão ateniense que se encarregava de os representar em justiça. Os estrangeiros tinham ainda de se inscrever como estando domiciliados num dos demos da Ática (a maior parte deles habitava em Atenas, e, sobretudo no Pireu, principal centro de atividade económica da Ática). Finalmente, os metecos estavam obrigados, de acordo com a sua riqueza, aos mesmos deveres financeiros que os cidadãos (liturgias, impostos de guerra). Serviam o exército em contingentes separados, serviam igualmente na frota, como remadores.
Os estrangeiros ou metecos existiam em várias cidades, exceto em Esparta, que não recebia estrangeiros. Atenas, por sua riqueza e preponderância cultural, atraiu muitos estrangeiros que exerciam ofícios como professor, artesão, artista, comerciante. De fato, grande parcela da economia ateniense era realizada pelos estrangeiros.
Apesar de constituírem uma grande parcela da população, eles não tinham nenhum direito político e nem podiam se casar com os cidadãos da Grécia. Tinham também de pagar uma taxa (imposto de residência) para viverem em Atenas, como também tinham de pagar para poder trabalhar. Também cumpriam serviço militar tal como os cidadãos e eram considerados homens livres. Eles se dedicavam ao comércio e à atividade manufatureira.
Apesar de não possuírem os mesmos direitos que os atenienses, os estrangeiros eram assimilados pela população, gozando vários direitos que não implicassem na participação política.
 
Os estrangeiros e a politica
 
Quanto à questão da participação política dos estrangeiros na sociedade ateniense, as respostas variaram de acordo com a definição de política que os historiadores assumiram. Em geral, política foi e tem sido entendida como ação institucional, ou seja, a prática do debate e da decisão dentro das instituições reconhecidas como políticas, tais como a Assembléia, o Conselho, os tribunais.
Entretanto, esta visão da política tem sido criticada recentemente, e novas abordagens se tornam possíveis para o tratamento do tema da participação política dos estrangeiros: se a política for entendida como prática da liberdade, e os espaços políticos forem entendidos como situações espaciais desta prática (como um debate na rua, ou dentro de casa durante um banquete, ou na praça; ou mesmo a guerra como ato político de manutenção da pólis), abrem-se brechas nos impedimentos políticos aos estrangeiros - ao combater ao lado dos cidadãos, ao discutir política em espaços privados, ao escrever discursos para serem pronunciados em tribunal, os estrangeiros fariam, também, política. Um dos eventos históricos nos quais esta participação é mais clara é a Restauração Democrática de 403 a.C., quando os estrangeiros fizeram parte do exército que derrubou o regime oligárquico dos Trinta Tiranos e restabeleceram, junto dos cidadãos, o regime democrático.
 
Os estrangeiros e a sociedade ateniense
 
a população estrangeira cresceu com a formação do Império ateniense, que dinamizou a circulação de bens e pessoas no mar Egeu e Ásia Menor;
os estrangeiros não formavam uma classe social homogênea, incluindo desde ricos proprietários de fábrica até comerciantes de retalhos;
os estrangeiros não formavam um grupo étnico homogêneo, incluindo cidadãos gregos de outras poleis, cidadãos gregos sem pólis, não-gregos como egípcios, trácios, lídios etc;
o facto de pertencer à categoria trazia uma série de impedimentos legais, como o de participar da Assembléia, de comandar navios (havia exceções), de adquirir a propriedade da terra, de dirigir cultos públicos, entre outros, além de os estrangeiros serem obrigados a pagar um imposto anual, a metoikia, equivalente a um dia de trabalho.
estes impedimentos poderiam ser amenizados ou até mesmo anulados por decisão da Assembléia democrática: a isotelia concedia igualdade tributária; a enktesis concedia o direito de possuir uma casa; e diversas outras formas de integração oficial;
os estrangeiros serviam o exército ateniense tanto como marinheiros e remadores quanto como hoplitas, combatendo ao lado dos cidadãos; em casos raros, também poderiam ser eleitos comandantes de navios;
o estatuto de estrangeiros também não impedia o indivíduo de participar de clubes aristocráticos ou associações religiosas ao lado de cidadãos;
os estrangeiros mais ricos contribuíam, junto com os cidadãos ricos, com os custos militares, como a equipagem de navios, e artísticos, como o financiamentos dos coros teatrais;

o estatuto de estrangeiro não significa discriminação econômica: os registros de custos de algumas obras públicas atenienses, conservados em pedra, revelam que estrangeiros, escravos e cidadãos recebiam o mesmo valor pelo dia de trabalho.

Perguntas:

1) Qual era o papel do estrangeiro na Grecia antiga.



Organização Politica Romana

                               Os períodos da história de Roma

 Período Monárquico: o domínio etrusco

Muitas das informações sobre o período Monárquico fundamentam-se nas lendas contadas pelos romanos. Nessa época, a cidade deve ter sido governada por reis de diferentes origens; os últimos de origens etrusca, devem ter dominado a cidade por cerca de cem anos.
            
Durante o governo dos etruscos, Roma adquiriu o aspecto de cidade. Foram realizadas diversas obras públicas entre elas, templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto.
Nessa época, a sociedade romana estava assim organizada:
  • Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado.
  • Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos.
  • Clientes: eram homens de negócios, intelectuais ou camponeses que tinham interesse em fazer carreira pública e que por isso recorriam à proteção de algum patrono, geralmente um patrício de posses.
  • Escravos: Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam todo o tipo de trabalho e eram considerados bens materiais. Não tinham qualquer direito civil ou político.

O último rei etrusco foi Tarqüínio, o Soberbo. Ele foi deposto em 509 a.C., provavelmente por ter descontentado os patrícios com medidas a favor dos plebeus.
No lugar de Tarqüínio, os patrícios colocaram no poder dois magistrados, chamados cônsules. Com isso, terminava o período Monárquico e tinha inicio o período Republicano.

Período Republicano

República é uma palavra de origem latina e significa “coisa pública”. Durante a passagem da monarquia para a república, eram os patrícios que detinham o poder e controlavam as instituições políticas. Concentrando o poder religioso, político e a justiça, eles exerciam o governo procurando se beneficiar.
Para os plebeus, sem direito à participação política, restavam apenas deveres, como pagar impostos e servir o exército.

Organização política e social na república

Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.

Reprodução de uma sessão do Senado romano

 

A Pólis Grega.


A Pólis, a Cidade-Estado grega, constitui uma unidade variável em termos políticos, possuindo múltiplos formatos que podem ser resumidos em apenas dois, simbolizados por Atenas e Esparta. A sua origem remonta aos genos, sociedades tribais do inicio do período de povoamento da Grécia, por volta do ano 2.000 a.C., quando povos indo-europeus vindos da Europa Central invadiram a península Balcânica, notadamente helenos, aqueus e eólios.
Os genos eram organizações políticas de viés familiar, daí o termo contemporâneo genética; agregando parentes sanguíneos e gerações reunidas em torno de um patriarca.
Para fortalecer os genos contra constantes disputas por terras e recursos, formaram-se as fratias, lideradas por reis; cujo crescimento populacional, contraposto a um aumento lento do ritmo de produção agrícola, conduziu a uma crise.
A desagregação do geno como unidade política fez aparecer a Cidade-Estado, a partir da união de fratias, compondo a Pólis; cidade fortificada, onde a população rural se reunia em caso de perigo, com estruturas públicas destinadas ao governo, religião e comercio.
No inicio, todas as Pólis eram governadas por reis, que tinham como função o comando do exercito e a realização de cerimonias religiosas; auxiliado por um conjunto de nobres na administração da cidade.

Depois, em algumas Pólis o sistema político evoluiu para o governo de um magistrado por um período de um ano; em outras, o governo foi entregue ao conselho de notáveis também por um prazo de tempo determinado.






Nestes sistemas políticos, as pessoas comuns só podiam optar por literalmente aplaudir ou não as decisões, demonstrando aprovação ou reprovação.
O que, no entanto, evoluiu para uma participação efetiva do cidadão, originando o modelo político ateniense.
A geografia da região onde hoje temos a Grécia contemporânea, repleta de montanhas, com um litoral recortado e cercado por pequenas ilhas, contribuiu para gerar um isolamento inicial entre as cidades.
Algo que, associado com a intensa rivalidade entre as Pólis, impediu a continuidade da evolução do sistema político para a formação do sentimento de nação.
Isto, a despeito do contato com o mar Mediterrâneo facilitar as comunicações, transporte e comercio.
Não obstante, a continuidade da evolução política, da estrutura da Pólis, resultou em uma multiplicidade de modelos, os quais, apesar da variedade, podem ser resumidos a dois simbolizados por Atenas e Esparta.



Antiguidade Clássica

Antiguidade Clássica

O termo Antiguidade Clássica refere-se a um longo período da História da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C., com o surgimento da poesia grega de Homero, à queda do Império romano do ocidente no século V d.C., mais precisamente no ano 476. No eixo condutor desta época, que a diferencia de outras anteriores ou posteriores, estão os fatores culturais das suas civilizações mais marcantes, a Grécia e a Roma antigas.
Localização
A Grécia antiga compreendia uma região chamada e ocupava o sul dos Bálcãs, a Península do Peloponeso ,as ilhas do Mar Egeu, além das colônias na costa da Ásia Menor e no sul da Península Itálica.




Divisão da história da Grécia

A história da Grécia é dividida, pelos historiadores, em quatro períodos principais:

  • Pré-Homérico
  • Homérico
  • Arcaico
  • Clássico

Período Pré-Homérico

O período Pré-Homérico corresponde ao apogeu e à decadência da civilização cretense, que se desenvolveu em Creta, a maior ilha do Mar Egeu. Essa ilha era povoada por tribos que, provavelmente, tenham vindo da Ásia Menor.

Durante esse período, outros povos dirigiram-se a Grécia: os aqueus, que se estabeleceram na Grécia continental e também na Ilha de Creta. Os aqueus dominaram os cretenses por volta de 1400 a.C. dando origem à civilização creto-micênica. Além dos aqueus, os jônios e os eólios também chegaram a Grécia. De todos esses povos, o mais importante foi o dório, com características guerreiras, que deram novo rumo à História Grega. Os dórios destruíram a civilização creto-micênica e conquistaram a Grécia. Esses acontecimentos anunciaram um novo período da História da Grécia – o período Homérico.
 

O período homérico

A partir das invasões dórias teve início um período muitas vezes chamado de homérico, porque o conhecimento que se tem da sociedade grega da época se deve, em grande parte, a dois poemas – a Ilíadae a Odisséia -, atribuídos a Homero. A Ilíada narra a guerra de Tróia, e a Odisséia, as aventuras do herói grego Ulisses (Odisseu) em sua viagem de volta a Grécia após a conquista de Tróia. Há muita discussão sobre a autoria desses poemas. Muitos estudiosos defendem que Homero nunca existiu e que esses teriam sido obras do passado coletivo grego, tendo sido transmitidos oralmente de geração em geração.

Com a invasão dória, um novo modelo social se implantou: a produção passou a ser de subsistência, com exploração da mão-de-obra familiar, auxiliada por uns poucos assalariados e escravos; a arte e a escrita desapareceram; o artesanato decaiu; as armas de bronze finalmente trabalhadas foram aos poucos sendo substituídas por artefatos grosseiros, feitos de ferro; e o sepultamento em magníficos túmulos foi substituído pela cremação simples.

Nesse período a população passou a se organizar em pequenas comunidades, cuja unidade básica era a família. Essa forma social é chamada de genos. Cada geno possuía seu próprio líder, seu culto religioso e suas leis.

Com o passar dos tempos, os genos foram se ampliando e acabaram dando origem a outro tipo de organização da vida social e política –a polis, ou cidade-Estado que foi a característica do período seguinte da história grega.

É conhecida como Antiguidade Clássica, Era Clássica ou ainda Período Clássico o longo período histórico onde as civilizações grega e romana se destacaram de modo excepcional em meio a qualquer outra sociedade nos mais variados aspectos do desenvolvimento humano. Tal época legou um riquíssimo repertório de informações ao mundo civilizado de modo que a cultura clássica é ainda considerada fundamental para a construção de toda a cultura ocidental contemporânea.

Formalmente, foi estabelecido que o ponto inicial da Era Clássica encontra-se no primeiro registro da poesia do grego Homero, nos séculos VII-VIII a.C. Já o seu final localiza-se no fim da chamada Antiguidade Tardia (300 a 600), momento em que se inicia a Idade Média.

Em um espaço de tempo tão dilatado, a sociedade grega passou de uma coleção de cidades-estados pouco coordenadas a metrópole de um imenso império legado por Alexandre o Grande, que por sua vez acaba conquistado por Roma e finalmente se torna o centro do Império Bizantino. A língua grega representava o que a língua inglesa é atualmente, um idioma amplamente conhecido pelo mais diverso povos, servindo para a difusão e troca de informações. Jesus teria algum conhecimento de grego; os livros do Novo Testamento (de acordo com a maioria dos pesquisadores) foram originalmente escritos em grego; decretos, avisos, sinais, livros, mesmo moedas das mais diferentes terras carregavam inscrições em grego, do Afeganistão ao Sudão, da península arábica às atuais Geórgia e Armênia.

Não bastasse isso tudo, as polis gregas produziram uma quantidade absurda de intelectuais das mais diversas áreas do conhecimento, e que em muitos casos, foram os iniciadores de determinado seguimento. São grandes exemplos Sócrates, Platão, Aristóteles, Demócrito e vários outros nafilosofia; Heródoto na história; Anaximandro na geografia; Hipócrates na Smedicina; Ésquilo,ófoclese Eurípedes no teatro; Apeles na pintura; Fídias na escultura; Arquimedes na matemática; Aristarco, Eratóstenes e Hiparco na astronomia, e a lista se prolonga em centenas de nomes de destaque em vários setores do conhecimento humano.
Roma, por sua vez, absorveu muito do legado intelectual da civilização grega, e soube difundir tal cultura entre os diferentes povos que conquistou. Ao contrário dos gregos, o espírito romano era mais pragmático, concentrado no domínio de territórios e no poder, e apesar de não ter produzido tanto quanto o grego soube legar muitos de seus valores, com destaque para a língua latina, que com o tempo originou dezenas de novas línguas ao longo da Europa ocidental. O próprio alfabeto utilizado para escrever tal língua é hoje utilizado por 2/3 da humanidade para registrar idiomas em todos os continentes; merece destaque ainda o direito romano, cujas raízes ainda influenciam o sistema normativo de vários países, entre eles o Brasil.