A escravidão no mundo greco-romano
Nosso
material didático se propõe a nos revelar uma viagem histórica.
Ela
se inicia partindo do trabalho escravo e da arte na Antiguidade greco-romana.
Com
base nos estudos dessa época, poderemos conhecer um pouco sobre aquelas
sociedades; como se manifestavam do ponto de vista artístico. Além disso,
também veremos como era o trabalho escravo: quem eram esses escravos; qual a
importância dessa forma de trabalho para a constituição política e cultural
dessas sociedades; quais as diferenças entre a escravidão grega, a romana e a
da América colonial; por que o trabalho manual era desprezado naquelas
sociedades da Antiguidade e qual a relação com a atual concepção de trabalho.
O
trabalho escravo na Antiguidade greco-romana foi principalmente ou exclusivamente
retratado e registrado por meio das expressões artísticas dessas épocas, tais
como pintura, literatura, poesia e teatro. Ou seja, a arte na Antiguidade pode
ser tomada como fonte histórica, para assim podermos entender o trabalho e a
vida dos escravos e também como estes eram vistos sob a ótica sociocultural de
sua época. No entanto, um fato curioso é que os escravos no cultura
greco-romana podiam aprender a ler e escrever, e se tornar até mesmo
preceptores de crianças e jovens e até serem artistas.
Focando na sociedade grega, seu auge ocorreu entre os séculos V e IV a.C. que
ficou conhecido como Período Clássico, a democracia foi estabelecida como
regime político. Esse foi um período de grande desempenho econômico, político e
cultural grego, o qual foi resultado da expansão colonial pelo Mediterrâneo.
Já
na cultura romana, o auge ocorreu entre os séculos II a.C. e II d.C., um
período que se estendeu entre a república e o início do Império Romano, o qual
é resultado também da grande expansão colonial romana pelo Mediterrâneo,
Europa, norte da África e Oriente Médio.
Mesmo o auge da cultura grega e romana terem ocorrido em momentos
diferentes da história, foram resultantes da expansão colonial e imperialista
de cada uma das civilizações sobre outros povos e culturas. Essas expansões
coloniais tornaram a cultura grega e a romana cosmopolitas e mercadamente
urbanas, o que possibilitou o aumento do escravismo e o reforço do poder
político das oligarquias. Isso ilustra a fortíssima importância do trabalho
escravocrata no mundo grego e romano.
Nas sociedades da antiguidade
clássica, todo tipo de trabalho rural, urbano e doméstico era realizado em
longa escala pelos escravos, os quais eram provenientes das guerras, anexações
territoriais e dívida.
Nesse contexto, os gregos e
romanos tinham uma grande aversão ao trabalho, pois o consideravam como uma
atividade destinada à seres inferiores, como estrangeiros, prisioneiros e
endividados.
O trabalho escravo foi abolido do
Brasil pela Lei Áurea, e também em grande parte do mundo pelos direitos
humanos. Porém, lamentavelmente, não saiu do papel, pois as pessoas foram “enganadas
pelos patrões, contraindo dívidas impagáveis e vivendo em péssimas, os escravos
de hoje continuam espalhados pelo Brasil”.
É mais assustador saber que essa
situação está mais próxima do que imaginamos, como: ‘Em 2009, o Rio de Janeiro
inaugurou sua presença na lista dos campeões em trabalho escravo. Em apenas
cinco operações de fiscalização, o rio teve 521 trabalhadores libertos’. Esses
são submetidos a pressão física ou psicológica, sob pretexto de dívida,
comprometendo a liberdade de ir e vir. O assunto é duro, difícil de ser medido,
por ser ilegal, e de ser descrito, por ser tão desumano.
Perguntas:
O trabalho escravo
na antiguidade foi retratado e registrado por meio de que?
Tanto o auge da
cultura grega e romana foi resultante de que?
Como os gregos e os
romanos consideravam o trabalho rural e urbano?
Nenhum comentário:
Postar um comentário