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terça-feira, 2 de junho de 2015

Antiguidade Clássica

Antiguidade Clássica

O termo Antiguidade Clássica refere-se a um longo período da História da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C., com o surgimento da poesia grega de Homero, à queda do Império romano do ocidente no século V d.C., mais precisamente no ano 476. No eixo condutor desta época, que a diferencia de outras anteriores ou posteriores, estão os fatores culturais das suas civilizações mais marcantes, a Grécia e a Roma antigas.
Localização
A Grécia antiga compreendia uma região chamada e ocupava o sul dos Bálcãs, a Península do Peloponeso ,as ilhas do Mar Egeu, além das colônias na costa da Ásia Menor e no sul da Península Itálica.




Divisão da história da Grécia

A história da Grécia é dividida, pelos historiadores, em quatro períodos principais:

  • Pré-Homérico
  • Homérico
  • Arcaico
  • Clássico

Período Pré-Homérico

O período Pré-Homérico corresponde ao apogeu e à decadência da civilização cretense, que se desenvolveu em Creta, a maior ilha do Mar Egeu. Essa ilha era povoada por tribos que, provavelmente, tenham vindo da Ásia Menor.

Durante esse período, outros povos dirigiram-se a Grécia: os aqueus, que se estabeleceram na Grécia continental e também na Ilha de Creta. Os aqueus dominaram os cretenses por volta de 1400 a.C. dando origem à civilização creto-micênica. Além dos aqueus, os jônios e os eólios também chegaram a Grécia. De todos esses povos, o mais importante foi o dório, com características guerreiras, que deram novo rumo à História Grega. Os dórios destruíram a civilização creto-micênica e conquistaram a Grécia. Esses acontecimentos anunciaram um novo período da História da Grécia – o período Homérico.
 

O período homérico

A partir das invasões dórias teve início um período muitas vezes chamado de homérico, porque o conhecimento que se tem da sociedade grega da época se deve, em grande parte, a dois poemas – a Ilíadae a Odisséia -, atribuídos a Homero. A Ilíada narra a guerra de Tróia, e a Odisséia, as aventuras do herói grego Ulisses (Odisseu) em sua viagem de volta a Grécia após a conquista de Tróia. Há muita discussão sobre a autoria desses poemas. Muitos estudiosos defendem que Homero nunca existiu e que esses teriam sido obras do passado coletivo grego, tendo sido transmitidos oralmente de geração em geração.

Com a invasão dória, um novo modelo social se implantou: a produção passou a ser de subsistência, com exploração da mão-de-obra familiar, auxiliada por uns poucos assalariados e escravos; a arte e a escrita desapareceram; o artesanato decaiu; as armas de bronze finalmente trabalhadas foram aos poucos sendo substituídas por artefatos grosseiros, feitos de ferro; e o sepultamento em magníficos túmulos foi substituído pela cremação simples.

Nesse período a população passou a se organizar em pequenas comunidades, cuja unidade básica era a família. Essa forma social é chamada de genos. Cada geno possuía seu próprio líder, seu culto religioso e suas leis.

Com o passar dos tempos, os genos foram se ampliando e acabaram dando origem a outro tipo de organização da vida social e política –a polis, ou cidade-Estado que foi a característica do período seguinte da história grega.

É conhecida como Antiguidade Clássica, Era Clássica ou ainda Período Clássico o longo período histórico onde as civilizações grega e romana se destacaram de modo excepcional em meio a qualquer outra sociedade nos mais variados aspectos do desenvolvimento humano. Tal época legou um riquíssimo repertório de informações ao mundo civilizado de modo que a cultura clássica é ainda considerada fundamental para a construção de toda a cultura ocidental contemporânea.

Formalmente, foi estabelecido que o ponto inicial da Era Clássica encontra-se no primeiro registro da poesia do grego Homero, nos séculos VII-VIII a.C. Já o seu final localiza-se no fim da chamada Antiguidade Tardia (300 a 600), momento em que se inicia a Idade Média.

Em um espaço de tempo tão dilatado, a sociedade grega passou de uma coleção de cidades-estados pouco coordenadas a metrópole de um imenso império legado por Alexandre o Grande, que por sua vez acaba conquistado por Roma e finalmente se torna o centro do Império Bizantino. A língua grega representava o que a língua inglesa é atualmente, um idioma amplamente conhecido pelo mais diverso povos, servindo para a difusão e troca de informações. Jesus teria algum conhecimento de grego; os livros do Novo Testamento (de acordo com a maioria dos pesquisadores) foram originalmente escritos em grego; decretos, avisos, sinais, livros, mesmo moedas das mais diferentes terras carregavam inscrições em grego, do Afeganistão ao Sudão, da península arábica às atuais Geórgia e Armênia.

Não bastasse isso tudo, as polis gregas produziram uma quantidade absurda de intelectuais das mais diversas áreas do conhecimento, e que em muitos casos, foram os iniciadores de determinado seguimento. São grandes exemplos Sócrates, Platão, Aristóteles, Demócrito e vários outros nafilosofia; Heródoto na história; Anaximandro na geografia; Hipócrates na Smedicina; Ésquilo,ófoclese Eurípedes no teatro; Apeles na pintura; Fídias na escultura; Arquimedes na matemática; Aristarco, Eratóstenes e Hiparco na astronomia, e a lista se prolonga em centenas de nomes de destaque em vários setores do conhecimento humano.
Roma, por sua vez, absorveu muito do legado intelectual da civilização grega, e soube difundir tal cultura entre os diferentes povos que conquistou. Ao contrário dos gregos, o espírito romano era mais pragmático, concentrado no domínio de territórios e no poder, e apesar de não ter produzido tanto quanto o grego soube legar muitos de seus valores, com destaque para a língua latina, que com o tempo originou dezenas de novas línguas ao longo da Europa ocidental. O próprio alfabeto utilizado para escrever tal língua é hoje utilizado por 2/3 da humanidade para registrar idiomas em todos os continentes; merece destaque ainda o direito romano, cujas raízes ainda influenciam o sistema normativo de vários países, entre eles o Brasil.


 

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